e-Commerce Management


Até aqui a maioria dos meus posts reflectem as práticas de RM. Mas para que as mesmas resultem, estas requerem outras práticas.
Entre elas está o e-Commerce Management. E o que é isso de e-Commerce Management?
Bom, se fosse pedida uma definição poderia dizer que consiste na aplicação das estratégias definidas pelo RM à realidade, utilizando para isso os canais dinâmicos.
E quais são os canais dinâmicos?
São todos os canais de venda que nos deixam efectuar um efectiva gestão de preços, permitindo adequar a cada momento o valor de venda à procura real. Estes podem ser de diversos tipos: B2B, B2C ou B2B2C.

B2C= Business to Consumer
B2B= Business to Business
B2B2C= Business to Business to Consumer

Exemplos:
B2C - Booking.com; Expedia; CentralR; HRS, etc...
B2B - Travco; Tourico Hollidays; Abreu-online; Dobleroom, etc...
B2B2C - Hotusa; Hotelbeds; Transhotel, etc...

Temos ainda os canais de distribuição global como os GDS (Global Distribution Systems) que também servem de CRS (Central Reservation System), destes poderemos ainda desenvolver bastante no futuro.

Nos canais dinâmicos podemos efectuar uma pseudo-separação pela forma como consideram as suas margens. Assim temos canais que cobram uma comissão à posteriori, os que aplicam um mark up e os que cobram ao cliente um determinado valor "mascarado" de booking fee mas que acaba por ser a sua comissão. Além disso podemos ainda definir de outra forma os canais, os de pagamento total e directo ao hotel, pelo cliente; os que funcionam na base do crédito e pagamento posterior do valor liquido; e os que retiram a sua comissão ao ser efectuada a reserva pagando o cliente o remanescente directamente no hotel.

Mas será o RM apenas aplicado a estes canais? E o tradicional Tour Operador ou Agente de Viagens? Poderemos nós aplicar politicas de RM?
Sim, podemos. De uma outra forma é um facto, mas sim, é possível tornar os tradicionais canais off-line em canais dinâmicos. Como? Muito fácil.

Durante a contratação deve ser definida uma politica diferente da até agora usada.

Quando se fala de TO's ou AGV's pensa-se em season rates ou flat rates, pois bem, vamos continuar assim, mas, criando uma categoria de quartos superiores com um valor também superior e sobre estes atribuir o allotment de segurança.

Do mesmo contrato fará parte uma outra categoria de quarto, a standard, à qual deve ser associado free sale, com permissão de fecho de vendas em qualquer altura e com um preço mais baixo. Isto permite ao hotel garantir duas coisas: por um lado satisfaz a exigência do agente em garantir uma disponibilidade (allotment), por outro lado em situações de elevada procura satisfaz a gestão de RM, pois permite garantir reservas a preços mais elevados uma vez que fechando o free sale fecha a tarifa mais baixa. Mantemos assim o allotment de segurança aberto, mas com um preço mais alto! et voilá! RM em canais on-line e off-line!

Comentários

Anónimo disse…
Ola Henrique!
Parabens pela iniciativa.
Ja fiquei a saber o que se escondia por traz do sub prime...
gostei desta tua sugestão, só que nem sempre se consegue aplicar pois os contratos tem quase sempre um allotment limitado e raramente os contratadores deixam fazer grandes modificações aos alltoments e a sua tipologia... Tem medo que seja uma forma camuflada de fazer aumentar os preços de um ano para o outro!!!
Até que ponto se pode considerar a Abreu um B2B?
HHenriques disse…
Olá Hugo,

Não existindo um canal directo de vendas, ou seja, a Abreu não tem um site de vendas directo ao consumidor logo não se pode dizer que é um B2C. A Abreu contrata hotéis e serviços que depois empacota e distribui na sua rede de retalho e a eventuais outras agências parceiras. Podemos se calhar considerar um B2B2C. Depende da perspectiva. Obrigado pelo comentário. HH