E agora com a crise...como gerir o preço vs a quebra da procura?

A crise instalou-se! Ela está em todo lado...na banca, na construção, nas bolsas, nos bolsos :-)...e como não podia deixar de ser.. no turismo. Já diz a velha expressão " quem não tem dinheiro...não tem vícios!" E viajar é de facto um vício...
E que fazer? Ficar de braços cruzados? Claro que não!!
É nesta altura que fazer "pricing" se torna um desafio...
Quando a procura é elevada a nossa dedicação concentra-se na capacidade de maximizar as receitas, um trabalho relativamente fácil pois temos os elementos a nosso favor.
Mas e quando a procura cai drásticamente? Bom, nesse caso...muda-se a estratégia e adoptamos uma postura que nos permita estimular a procura.
E para o fazer temos várias opções:

Primeiro que tudo, definir a nossa concorrência. É importante definir um conjunto de concorrentes com os quais nos identificamos quer no posicionamento do produto, quer no nível de preço.
Em seguida devemos adoptar a estratégia que mais se enquadre na nossa politica de preço:
- ou igualamos a concorrência, alinhando os nossos preços pela média dos nossos concorrentes e acrescentamos valor.
- ou rodeamos a nossa concorrência, criando dois níveis de preços (oferta) em que nos posicionamos abaixo (com o produto mais básico) e acima (com o produto mais elaborado).
- ou baixamos em relação à concorrência, posicionando o nosso preço abaixo do nosso set competitivo, e 1 euro já é abaixo!!!
- ou simplesmente desnatamos da concorrência, uma atitude normal nos hotéis de luxo que independentemente das crises mantêm o seu posicionamento intocável, sempre o mais caro.

As opções acima mencionadas, não são, de todo, exclusivas de tempo de crise, como é lógico. São as opções válidas aquando de uma quebra na procura, quer seja por queda do destino, da região, do preço dos combustíveis, das taxas de juro, de grandes eventos mundiais que atraem o turismo, etc...
Obviamente, que esta crise actual tende a influênciar uma redução na procura geral. Mas será mesmo assim? Será que vamos mesmo quebrar em 2009? Ainda não me convenci muito disso...aceito uma redução da procura, mas creio que será residual, digo eu.

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